No início, a preocupação estava ligada apenas às enchentes. Dentre a pergunta mais frequente entre os moradores das áreas alagadas e a população ribeirinha era: para onde vou agora?
Hoje com a descida do nível das águas, as preocupações são mais intensas e moradores de bairros como Mapiri, Caranazal e Uruará, que tiveram que deixar suas casas, se dão conta que existe outro problema ainda mais grave: O risco de infecções e doenças ocasionadas pelas enchentes.
Nessa época, o risco de contágio com doenças como hepatite, leptospirose, dengue e diarréias são muito comuns e além do estrago na estrutura dos imóveis, as famílias devem agora tomar precauções para não terem complicações com essas doenças.
Agentes de saúde e de endemias, além da Defesa Civil, já iniciaram em todo o país, e em Santarém, os trabalhos de orientação aos moradores, principalmente sobre os cuidados a serem tomados. No bairro do Mapiri, as visitas servem para orientar os moradores de como proceder na limpeza dos imóveis e no cuidado com o manuseio dos alimentos.
As orientações são básicas e contribuem para redução da contaminação com doenças que podem ser transmitidas por vírus como a hepatite A, a Dengue e microorganismos como as diarréias, ou ainda através do contato da pele com a urina do rato.
Segundo as orientações repassadas pelo agente de endemias, os cuidados devem iniciar antes dos moradores retornarem às suas casas e no caso dos mesmos terem continuado morando nelas, assim que as águas baixarem. É necessário que sejam utilizados materiais de segurança como botas, luvas ou sacos plásticos.
A mistura deve ser utilizada para desinfetar o chão, as paredes, objetos e roupas. A mistura é feita com um copo de água sanitária, 20 litros de água limpa e um balde. Essa mistura deve ser aplicada na superfície enlamaçada e após 30 minutos retirada. Esse procedimento pode se repetir quantas vezes for necessário. A mistura serve para desinfetar o ambiente e a lavagem com água e sabão só é aconselhada após toda a lama ter sido retirada do local.
Os cuidados também devem se estender a todo alimento que teve contato com as águas das enchentes. Esse alimento deve ser jogado fora para evitar um contágio direto. Sintomas como febre, dor de cabeça, nos olhos e nas articulações e dores pelo corpo (principalmente na panturrilha), cansaço, enjôos, vômito, diarréia, tosse e icterícia (cor amarelada na pele e olhos) devem ser observadas e acompanhadas por especialistas, como forma de evitar incidentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário