O Instituto Nacional de Metrologia de Santarém (Inmetro) está fazendo a inspeção dos medidores de energia elétrica. De acordo com informações da fiscalização, nos primeiros meses de trabalho verificou-se que aproximadamente em 95% dos casos os medidores foram adulterados pelos consumidores e esse número representa um desempenho insatisfatório para o órgão.
De acordo com o diretor administrativo do Inmetro, Heliney Bendelack, a inspeção realizada pelo Inmetro teve início há quatro meses. O trabalho é feito em parceria com a Rede Celpa, uma vez que o órgão tem um posto avançado dentro do laboratório daquela empresa que é de total responsabilidade do Inmetro.
“Nós estamos fazendo as verificações de medidores de energia daqui de Santarém e da região oeste do Pará. O cliente que tem dúvida do seu consumo de energia pode solicitar o serviço no escritório da Rede Celpa, que fica localizado na Avenida Mendonça Furtado nas dependências do hotel Amazônia Boulevard. O serviço será encaminhado para o laboratório, onde será feito exame e posteriormente um laudo final verificando se o medidor está ou não com sua medição correta”, explicou.
Ainda de acordo com ele, as irregularidades são muitas. A maioria das anormalidades de medidores é detectada a partir de denúncias ou da fiscalização da própria Rede Celpa.
“Acredito que em torno de 95% dos medidores estão irregulares. Os problemas mais freqüentes são de cargas trocadas, que os consumidores não sabem, mas consomem mais e pagam ainda mais. Outra medida adotada pelos consumidores é furar os medidores, essa ação é praticada para que a medição fique mais lenta. Porém, a Celpa está aplicando os medidores eletrônicos que aponta o real consumo. Esses medidores estão sendo colocados aos poucos na região”, afirma.
Entre os aparelhos que não tiveram bom desempenho na inspeção metrológica, a maior parte, de acordo com o Inmetro, corresponde aos equipamentos analógicos.
Segundo Heliney, o medidor analógico é mais fácil de ser adulterado podendo ser rompido. Já o eletrônico não tem como abrir, pois se quebrar, o consumidor ficará sem energia em sua residência.
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