26 de abril de 2010

Polícia vai investigar funcionários de clínicas em fraude do SUS Comissão da Secretaria de Saúde também vai acompanhar denúncia. Esquema já teria desviado mais de R$ 200 milhões dos cofres públicos.

A polícia e a Secretaria de Saúde vão investigar se funcionários participavam do esquema de fraudes em clínicas e laboratórios em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, contra o Sistema Único de Saúde (SUS). Em operação realizada nesta segunda-feira (26), duas unidades médicas foram fechadas.

A Secretaria de Saúde de São Gonçalo informou que foi montada uma comissão para apurar denúncias de participação de funcionários no desvio de verbas do SUS.

De acordo ainda com a secretaria, todos os pagamentos destinados às clínicas e ao laboratório investigados estão bloqueados. Os donos das unidades negam as acusações.

Na manhã desta segunda-feira (26), policiais da 72ª DP (São Gonçalo), com o apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos e Operações Especiais (Core), iniciaram a operação para cumprir mandados de busca e apreensão nas clínicas suspeitas. A investigação durou três meses.
"Nós vamos apurar se algum ocupante ou ex-ocupante de cargo público da prefeitura ou da secretaria municipal de saúde ou atuais ocupantes têm alguma participação nesse esquema", disse o delegado Adilson Palácios.
Pacientes fantasmas
De acordo com a polícia, as clínicas são suspeitas de produzir e usar comprovantes de atendimentos falsos de pacientes fantasmas. Em uma delas, foram apreendidos vários prontuários médicos.

Segundo o delegado Adilson Palácio, a clínica forjava atendimentos a pacientes que não existiam e usavam carimbos de médicos que nem trabalhavam na unidade. Os prontuários com letra ilegível eram encaminhados para a Prefeitura de São Gonçalo, que repassava a verba do SUS para a clínica.

O esquema, que funcionava há pelo menos seis anos, já teria lesado o SUS em mais de R$ 200 milhões. Nesta primeira fase da operação, como não havia mandados para serem cumpridos, ninguém foi preso. Mas quatro pessoas foram ouvidas na delegacia.

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