
Quando você está com uma forte gripe, geralmente segue este roteiro: procura um posto de saúde. O médico receita analgésicos, antitérmicos e vitamina C. Com a receita na mão, você vai até uma farmácia e solicita ao balconista os remédios, mas além deles você aproveita e compra um refrigerante. Para a grande maioria da população esse é um "ritual" mais do que comum, pois, hoje, as farmácias se transformaram em verdadeiras lojas de conveniência, mas, o que muitos não sabem é que a venda de outros produtos, que não tenham fins farmacêuticos, é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Nos últimos seis anos, o conceito de farmácia mudou radicalmente em Santarém. Hoje, elas funcionam como mini-supermercados, onde o consumidor pode encontrar gêneros alimentícios, produtos de limpeza, livros e até brinquedos, além de remédios e antendimento ambulatorial. As grandes redes expandiram-se em uma velocidade impressionante. Hoje, os moradores de bairros periféricos têm fácil acesso a compra de medicamentos e outros produtos.
O dono de uma drogaria no bairro do Santarenzinho, que pediu para não ser identificado, afirma que depois que começou a vender refrigerantes e alimentos industrializados teve lucro de quase 55%, no 2º semestre de 2008. "Quando comecei, em 2007, vendia apenas remédios, verificávamos pressão arterial e aplicávamos injetáveis, mas depois que comecei vender alimentos e bebidas comecei a ter retorno financeiro, tanto que no 2º semestre de 2008 meus lucros chegaram a quase 55%", afirmou.
O que muitos donos de farmácias e drogarias não sabem é que a ANVISA proibe a venda de produtos alheios aos conceitos de medicamento, cosmético e produtos para saúde. Alimentos que não têm vinculação direta com a promoção da saúde, como picolés, biscoitos e chicletes, além de outros produtos como os de limpeza, calçados e cartões telefônicos são vedados peo serviço de regulamentação técnica da Agência. Cosméticos, produtos de higiene pessoal, adoçantes ou suplementos vitamínicos e minerais só poderão ser comercializados, quando possuírem forma farmacêutica e estiverem devidamente legalizados no órgão sanitário competente e apresentarem Padrão de Identidade e Qualidade (PIC).
Levando em consideração o disposto nas normas técnicas da ANVISA, a reportagem do Portal na Hora visitou quatro farmácias, de duas grandes redes, e constatou que em todas a venda de produtos sem fins farmacêuticos era feita livremente.
O negócio precisa ser lucrativo, senão não tem como manter os salários dos funcionários principalmente o do farmacêutico. Informe-se melhor, já está em tramitação na ANVISA a liberação de alimentos, caso contrário muitas drogarias vão fechar e muitos funcionáiros vão ficar sem emprego.
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