Abençoado campo de futebol, onde dois países entram sempre em igualdade de condições. Não importam PIB ou IDH, as três letrinhas que valem são G, O, L. É no gramado que uma nação do tamaninho da Eslovênia pode encarar de igual para igual o gigante Estados Unidos. O menor país da Copa, com apenas 20 mil quilômetros quadrados, diante do maior, com mais de 9 milhões de quilômetros quadrados. O confronto é nesta sexta-feira, às 11h de Brasília (16h no horário sul-africano), no estádio Ellis Park, em Joanesburgo.
Por enquanto, quem está em vantagem é a Eslovênia. Ela é a líder isolada do grupo C depois da vitória sobre a Argélia. Foi o primeiro triunfo do país em Copas (jogou também a de 2002). Se ganhar de novo, garante outro feito inédito - uma vaga nas oitavas de final.
- Agora temos muito mais experiência e vemos que ninguém é imbatível. Nossa confiança aumentou nos últimos anos e queremos um pouco de sucesso agora. Percebemos que dá para ir além - explicou o zagueiro Brecko.
A Eslovênia já mostrou ser capaz de derrubar gigantes. Só chegou à África do Sul depois de passar nas Eliminatórias pela Rússia, o maior país do mundo em território.
- O nervosismo passou após nossa estreia na Copa. Agora temos um jogo fundamental pela frente, contra a boa equipe americana, e nós faremos de tudo para curtir o jogo - destacou o meia Birsa.
Mas se depender de torcida, os Estados Unidos ganharão de goleada. Enquanto os eslovenos são apenas dois milhões, a população americana é 150 vezes maior, cerca de 300 milhões. A seleção de lá também tem mais tradição, já alcançou as quartas de final do Mundial de 2002 e a decisão da última Copa das Confederações. Após o empate em 1 a 1 com a Inglaterra, na estreia, em tese são favoritos nesta sexta-feira. Só em tese, garante Donovan, o maior nome do time americano.
- É fácil falar que deveríamos nos classificar para a próxima fase e que o grupo é tranquilo, mas sabemos que ele será complicado. Não podemos nos dar ao luxo de subestimar a Eslovênia - afirmou.
Nos últimos anos, os Estados Unidos conseguiram formar uma seleção competitiva. Têm Howard, o bom goleiro do Everton, da Inglaterra, uma defesa sólida, talento no meio campo, com Donovan, e Altidore, também do futebol inglês, no comando do ataque. Fizeram uma boa apresentação contra a Inglaterra e esperam repeti-la para vencer os eslovenos.
- Os jogadores estavam decepcionados no vestiário após o jogo contra a Inglaterra e isso diz tudo sobre nossa atuação naquela partida - analisou Donovan.
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