27 de junho de 2010

Haverá um legado para a África do Sul?

O futebol profissional é hoje um big business como outros big business quaisquer. Como tal, não pode se furtar a assumir iniciativas em prol do bem-estar das comunidades onde desenvolve suas atividades. Em suma: não pode deixar de desfraldar a bandeira da responsabilidade social. No caso do futebol profissional, a Copa do Mundo é o nirvana dos negócios multibilionários que giram em torna da bola. Logo, a Copa do Mundo é também onde e quando “a preocupação social” dos organizadores, patrocinadores e jogadores mais salta aos olhos, por assim dizer. E se de quatro em quatro anos a Copa tem um país sede diferente, a tônica das ações politicamente corretas também mudam de acordo com o anfitrião da vez.
A Copa do Mundo de 2006, por exemplo, foi marcada pelo projeto “Copa Verde”. O mundial foi realizado na Alemanha, onde não existe propriamente um número significativo de crianças fora da escola, passando fome ou sofrendo exploração sexual. Logo, sobrou a temática ecológica para que a Fifa e as empresas envolvidas com o evento pudessem mostrar ao mundo que se preocupam com algo mais do que os grandes negócios que uma Copa pode proporcionar. Neste ano, na Copa da África do Sul, a ênfase é outra, porque a realidade é outra – se houve coleta seletiva de lixo nos estádios alemães, relatos dão conta da deficiência até mesmo da coleta comum na primeira Copa na África.

Nenhum comentário:

Postar um comentário