Os relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) levaram o repórter de um jornal holandês a examinar minuciosamente o Estatuto Europeu. Lá, ele percebeu exageros na representação da área nacional que estava localizada abaixo do nível do mar, e que os riscos de inundação marítima haviam se fundido aos de inundações dos rios Reno e Mosa. A situação embaraçosa levou a ministra do meio-ambiente Jacqueline Cramer a convocar a Agência Ambiental da Holanda (PBL), uma instituição independente, a rever os relatórios regionais, que foram publicados nesta segunda-feira, 5.
A análise realizada pela PBL mostrou que, em geral, há uma tendência a acentuar os impactos negativos dos relatórios. Os sumários são apresentados como uma série de notícias ruins, desenvolvidas nos capítulos. As conclusões, embora estivessem longe de ser animadoras, eram mais equilibradas. Segundo a PBL, essa é a maneira correta de apresentar um documento, cuja finalidade é fazer com que os legisladores pensem em maneiras de adaptação, mesmo que sua transparência não fique clara para os leitores.
Isso reflete um problema maior. Estudos sobre o impacto das mudanças climáticas são focados em vulnerabilidades e danos por serem mais importantes, mais urgentes e – possivelmente – mais fáceis de serem financiados. A convenção de mudanças climáticas das Nações Unidas obriga os países a determinarem os valores de suas vulnerabilidades e, portanto, a base de evidências para que uma avaliação de vulnerabilidades tenha início é até certo ponto manipulada.
O relatório da PBL não prova ou insinua qualquer espécie de imparcialidade e reafirma que não encontrou nada que leve o parlamento holandês, ou qualquer outro no mundo, a rejeitar os relatórios do IPCC. Mas os líderes das Nações Unidos devem pressionar o IPCC e tentar descobrir o que há por trás do enfoque negativo dos relatórios do Painel.
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